terça-feira, 24 de maio de 2011

"Grécia acelera privatizações para reduzir a dívida" 23.05.11


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O governo grego anunciou nesta segunda-feira que venderá "imediatamente" as participações do Estado na empresa de telecomunicações OTE, no Banco Postal e nos portos de Pireu, perto de Atenas e Tessalônica, para reduzir a enorme dívida do país."O conselho de ministros decidiu proceder imediatamente a venda das participações da OTE, do Banco Postal, dos portos de Atenas e Tessalônica, bem como da empresa pública de águas de Tessalônica", disse o ministério das Finanças em comunicado divulgado ao fim de um conselho de ministros excepcionalmente longo.A reunião do governo grego foi dedicada à adoção de medidas adicionais, destinadas a sanear o sistema financeiro do país e reduzir a dívida, que este ano atingirá mais de 150% do PIB.Espera-se que o plano de privatizações do Estado renda 50 bilhões de euros até 2015.O governo grego "reiterou sua determinação de prosseguir com o programa de saneamento orçamentário, tomando medidas adicionais de mais de 6 bilhões de euros (...) para conseguir reduzir o déficit para 7,7% do PIB em 2011", meta exigida da Grécia por União Europeia e Fundo Monetário Internacional, seus principais credores, em troca de seu apoio financeiro.O OTE, cujo acionista principal é a alemã Deutsche Telekom, é o gigante das telecomunicações gregas, e o primeiro grupo de telecomunicações nos Bálcãs. Atenas tem uma participação de 20% em seu capital.A Deutsche Telecom dispõe de uma opção de compra que pode ativar até dezembro de 2011.O Estado grego também tem 34% do capital do Banco Postal, que está cotado na Bolsa de Atenas, e que se vangloria de ter obtido os melhores resultados entre as entidades bancárias gregas nas provas de resistência feitas em 2010.
O estabelecimento, que tem 146 sucursais próprias em 67 cidades gregas e também é acessível das 843 agências dos correios, reduziu sua dependência do Banco Central Europeu, o que está longe de ser o caso de outros bancos do país, que vivem graças à injeção de fundos.Sob a presidência do primeiro-ministro, Giorgos Papandreou, o conselho de ministros iniciou, ao meio-dia, o exame deste plano, cuja primeira cópia foi divulgada em meados de abril.A imprensa grega destacava, entre as novas medidas, "demissões no setor público" e "bombas fiscais" com uma alta dos impostos diretos, equivalente a "uma nova redução de salários".Criticadas pelo eleitorado, cujo apoio aos socialistas diminui, estas medidas podem socavar a economia, já asfixiada por cerca de três anos de recessão, e um desemprego que encosta em 16% e atinge 40% dos jovens.Em plena forma nas pesquisas de opinião, o ultraortodoxo Partido Comunista grego rejeitou qualquer diálogo com o governo, enquanto a oposição de direita, à qual a UE pede um compromisso claro, se opõe a mais rigor.Mas o governo teve que ceder diante da insistência dos representantes de UE-FMI, que realizam uma auditoria, excepcionalmente longa, prévia à entrega, prevista para junho, de outros 12 bilhões de euros do empréstimo de 110 bilhões concedidos à Grécia em maio de 2010.O rejeição deste dinheiro equivaleria à bancarrota do país, esmagado por uma dívida superior a 150% do seu PIB, advertiu Papandreou no domingo."Temos um caminho rumo à bancarrota e outro, difícil e doloroso, a um acordo" sobre um "plano que garanta empréstimos e o dinheiro necessário para que o país sobreviva", resumiu na segunda-feira o porta-voz do grupo parlamentar socialista, Christos Protoppas.Um ano depois do plano de apoio Europa-FMI, associado a um primeiro plano de austeridade, a Grécia não conseguiu recuperar só sua credibilidade, e os mercados estão dispostos a emprestar dinheiro só a juros próximos de 17%, que tornam praticamente impossível qualquer tentativa de refinanciar sua dívida por si só.O país, sob tutela, estuda a ampliação do prazo de devolução da ajuda outorgada em maio de 2010, enquanto a ideia de um reescalonamento da dívida se espalha pela Europa, apesar da posição fechada do BCE.

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