sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Brasil se arma contra recessão: FHC acha precipitado 30/09/2011


Governo amplia protecionismo à indústria e vincula crédito do Pronaf  à aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas com pelo menos 60% de conteúdo nacional. Medida identica,com requisito de 65% de nacionalização, foi tomada em relaçao ao setor automobilísco. Nessa  mesma direção, a Presidenta Dilma anunciou um pacote de incentivos à indústria  da defesa (leia matéria nesta pág). Trata-se de usar o poder de compra do Estado para fomentar e manter o nível do investimento. Exigência de conteúdo nacional norteará também o acesso a incentivos fiscais na produção de computadores, tablets, televisores etc Ações refletem a convicção de que é preciso fortalecer o mercado interno ante a perspectiva de longa contração na economia internacional. Ilustra esse diagnóstico o drástico recuo nas cotações das commodities, que mostram as maiores quedas  desde a crise de 2008. Ante os sintomas de que o mundo escorrega rumo à recessão o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso saiu a campo, ontem, segundo o jornal Valor Econômico, para avaliar como ' precipitado' o corte nas taxas de juros no Brasil. Reconheça-se no tucano o mérito da coerência. Em crises mundiais anteriores, na sua gestão, a resposta sempre foi doutrinariamente ortodoxa e pró-cíclica: aumento dos juros, arrocho no salário mínimo, redução do crédito, cortes brutais no gasto público, perda de receita fiscal e salto no endividamento público. Com alguns efeitos colaterais: quebra do Estado, perda de reservas, colapso da infraestrutura (vide apagão), desemprego e fuga de capitais. A avaliação veio nas urnas em 2002, 2006 e 2010.
(Carta Maior; 6º feira,30/09/ 2011

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