quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Dilma: "Brasil é um país de 190 milhões de pequenos desafios" 29/09/2011

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira (29) em entrevista ao programa Hoje em Dia, da Rede Record, que o Brasil é um país de 190 milhões de pequenos desafios e que faz todo o possível para estar à altura do cargo. Segundo Dilma, o país alcançou um novo patamar, que inclui um maior reconhecimento internacional e melhores condições para enfrentar a segunda fase aguda da crise econômica mundial de 2007-2008.


“O Brasil é um país reconhecido internacionalmente, está crescendo, gerando empregos, tem enormes responsabilidades à sua frente. É hoje um país que cresce, que distribui renda. É um desafio e a gente tem de sempre fazer todo o possível para estar à altura. São 190 milhões de pequenos desafios formando uma grande nação”.

A presidente disse que o Brasil está distante e protegido da crise devido à força de seu mercado interno. “A força do consumo dessas pessoas que vocês passaram hoje [em referência às imagens do programa com exemplos de mulheres empreendedoras]. Hoje elas têm renda melhor, podem comprar alimentos de melhor qualidade, têm acesso à compra por parcelamento de produtos como geladeira, fogão. O fato de o brasileiro consumir e comprar protege o Brasil”.

Mulheres

O programa fez um histórico da vida da presidente e mostrou, em reportagem, mulheres que "se inspiram" no exemplo de Dilma. Ela reforçou ainda que, a partir de sua eleição, as mulheres podem sonhar [com o que antes só os homens podiam]. "Nunca sonhei, não [em ser presidente]. Na minha época as meninas não podiam sonhar com isso", disse. O fato de eu ser presidente do Brasil vai concretizar os muitos sonhos das mulheres brasileiras.

ONU

A presidente também falou sobre sua participação histórica na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), quando se tornou a primeira mulher a abrir o evento. “Me senti na ONU representando as mulheres. Claro que me senti representando o Brasil. É o Brasil numa fase de extrema valorização internacional. Ao abrir a Assembleia, eu falava e representava aquelas mulheres anônimas. Eu estava representando uma mulher brasileira e mulheres que lutaram e conquistaram destaque em sua vida profissional”.

Na semana passada, Dilma protagonizou um momento marcante de seu mandato ao discursar na abertura da 66ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas). Foi a primeira vez que uma mulher inaugurou o encontro, que reúne mais de 190 lideranças mundiais em Nova York (EUA). Em seu discurso, entre outros temas, a presidente falou da crise econômica internacional e exaltou o papel das mulheres nas sociedades contemporâneas.

IPI e emprego

A presidente afirmou nesta quinta-feira que o aumento nas alíquotas de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para carros importados é uma proteção ao emprego no Brasil. Em uma fala forte, ela demonstrou que não pretende recuar na medida, que recebeu críticas até mesmo dentro do governo. "É uma medida a favor do emprego e contra o fato de que nosso mercado interno não será objeto de pirataria de país nenhum”.

"Todas as empresas que estão queixando não produziam aqui. Estavam simplesmente montando e usando mecanismos para importar e usar o nosso mercado interno. A indústria automobilística brasileira está intacta", acrescentou.

Ela explicou a medida como uma proteção de "empregos de qualidade". "No seio dessa medida que o governo tomou tem uma questão. Nós estamos protegendo emprego brasileiro. Eu não tenho nenhum compromisso de gerar emprego lá fora, eu fui eleita pelo povo brasileiro, então eu protejo o emprego do povo brasileiro", afirmou.

Respeito internacional

Dilma disse ainda que tem levado mensagem semelhante aos países que visita. "Eu estive em vários países do mundo [...] Nós não somos um país de quarta categoria ou de terceira categoria, nós gostamos de respeito e damos o respeito. Podem investir aqui sim, serão bem-vindos, protegidos, acolhidos e amados, porque esse povo é muito generoso. Mas venham e produzam aqui, gerem tecnologia aqui."

A elevação do tributo foi anunciada pelo governo federal no dia 15 e publicada no dia seguinte. A alta foi de 30 pontos percentuais nas alíquotas de carros e caminhões que tenham menos de 65% de conteúdo nacional. Antes, o IPI sobre os importados variava de 7% a 25% e, com a medida, passou para 37% a 55%.


Com informações do Portal R7 e da Folha.com

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