quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Após protestos, lei antipirataria perde força no Congresso dos EUA 18/01/2012



JONATHAN WEISMAN
DO "NEW YORK TIMES"
Protestos na internet realizados nesta quarta-feira (18) rapidamente interromperam o apoio no Congresso dos Estados Unidos a medidas antipirataria.

Legisladores abandonaram e repensaram seu suporte à legislação que opôs os interesses da nova mídia contra alguns dos mais poderosos interesses comerciais conservadores em Washington.
O senador republicano Marco Rubio (Flórida) anunciou logo na manhã de quarta que não apoiaria mais a legislação antipirataria que ele mesmo havia patrocinado. Outro senador republicano, John Cornyn (Texas), que lidera a operação da campanha para o seu partido, rapidamente seguiu o exemplo e pediu que o Congresso tenha mais tempo para estudar a medida que seria votada em teste na próxima semana.

Reprodução
Página da Wikipédia, que saiu do ar em protesto contra lei antipirataria americana
Página da Wikipédia, que saiu do ar em protesto contra lei antipirataria americana
As decisões de ambos vieram após vários sites da internet fecharem na quarta para protestar contra dois projetos de lei: na Câmara, a Sopa (Lei para Parar a Pirataria On-line), escrita pelo deputado republicano Lamar Smith (Texas), que preside o Comitê Judiciário da Câmara; no Senado, a Pipa (Lei para Proteger a Propriedade Intelectual), elaborada pelo senador democrata Patrick Leahy (Vermont), que preside o Comitê Judiciário do Senado.
Membros do Congresso, muitos dos quais estão lidando com as questões colocadas pela explosão de novas mídias e sites de redes sociais, foram pegos de surpresa pela reação ao que era, para eles, uma legislação relativamente obscura.
A reação à legislação pendente fez com que a enciclopédia on-line Wikipédia fechasse suas páginas em inglês. A página inicial do Google nos EUA ganhou um link para uma página com informações contra os projetos de lei.
A movimentação no Congresso veio após a Casa Branca recuar do apoio à legislação.
Com reservas cada vez maiores, um projeto que passou no Comitê Judiciário do Senado por unanimidade e sem controvérsia pode ficar com problemas sérios se não ganhar mudanças significativas.

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