segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Bolsas no mundo todo perdem US$ 50 tri em quatro anos de crise 27/02/2012

Segundo pesquisa do Instituto Assaf, queda das ações no período foi de 12%. Apesar da alta nos emergentes, Brasil amarga perda de 12,55%


Yolanda Fordelone, do Economia & Negócios
SÃO PAULO - O prejuízo dos mercados financeiros com a crise nos últimos quatro anos não foi pouco. Segundo um estudo do Instituto Assaf, entre 2008 e 2011 a crise deixou um rastro de perdas de US$ 50,4 trilhões nas bolsas de todo o mundo. Em média, o valor das bolsas mundiais em dezembro de 2011 ficou 12% inferior em relação a 2007.
"Apesar das altas em 2009 e 2010, as perdas em 2008, com o subprime, e no ano passado, com as incertezas na Europa e Grécia, foram muito fortes", diz o professor Fabiano Lima, pesquisador do Instituto Assaf. O desempenho durante 2011 arrastou a média anual das bolsas para uma perda de 3% por ano nesse período.
Se compararmos os valores de mercado de 2007 com os valores de 2011, os EUA apresentam queda significativa de 53%; a Europa, perda de 42%. A Austrália, Nova Zelândia e Canadá apresentam alta de 3%; o Japão, de 9% e os mercados emergentes, de 22,6%. Apesar de não representarem numericamente a maioria das bolsas, os mercados americanos e europeus puxam para baixo a média mundial, já que possuem a maior parte dos volumes financeiros movimentados.
Nesse mesmo período, no Brasil, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) desvalorizou-se US$ 175,6 bilhões ou 12,55%.
"Os emergentes continuam com a economia doméstica crescendo, apesar de o ritmo estar um pouco mais lento", comenta o economista da Souza Barros, Clodoir Vieira, ao dizer que ainda há espaço para crescer. "No começo da crise, houve quem dissesse que a recuperação se daria em sete anos. Acredito que será mais rápida", diz.
Vieira calcula que a Bovespa deva fechar o ano em cerca de 78 mil pontos, patamar levemente acima da pontuação máxima alcançada em 2007 (73.920 pontos). Até agora, o Ibovespa acumula alta de mais de 16% em 2012.
A opinião é compartilhada pelo pesquisador. "O ponto é escolher as melhores ações que ainda têm espaço para crescer. As empresas não estão ruins, mas a volatilidade forte deixa todo o mundo temeroso", afirma.

 http://economia.estadao.com.br/noticias/economia%20brasil,bolsas-no-mundo-todo-perdem-us-50-tri-em-quatro-anos-de-crise,104131,0.htm

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