segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Governo estuda defesa antiaérea no polo de São José 27/08/2012



 
Sugestão: SantaCatarinaBR 
Aaron kawai
Plano enviado ao Congresso alerta concentração de institutos de alta tecnologia
Chico Pereira
São José dos Campos
Sede de importantes institutos de pesquisa e empresas consideradas estratégicas para o país, São José dos Campos é uma cidade vulnerável, sendo necessário a adoção de medidas de defesa militar para proteger o seu complexo tecnológico, científico e empresarial.
A recomendação é do Ministério da Defesa e está inserida no documento “Estratégia Nacional de Defesa”, encaminhado pela pasta em julho para conhecimento e análise do Congresso Nacional.
No documento, o ministério avalia que é preciso “preparar a imediata defesa antiaérea do complexo para enfrentar o problema de vulnerabilidade estratégica crida pela concentração de iniciativas no complexo”.
Especialistas militares consultados por O VALE avaliam que essa preocupação reflete a importância do polo tecnológico, científico e industrial da cidade, que abriga entre outros institutos o DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e empresas como Embraer, Avibras, Mectron, Orbisat, consideradas estratégicas para o país.
Núcleo. Dados da Abimde (Associação Brasileira da Indústria de Material de Defesa e Segurança) revelam que pelo menos 49 empresas formam o núcleo aeronáutico e espacial de São José, com a geração de ao menos 20 mil empregos diretos e 60 mil indiretos.
No polo são desenvolvidos importantes projetos militares como o do avião cargueiro KC-390, sistemas de inteligência e informação, pesquisas espaciais e construção de satélites, e produção de material bélico, como mísseis e os produtos da Avibras.
“Somos pacíficos, mas nada impede que alguma iniciativa furtiva, com a demência elevada, venha atacar os polos de excelência do país. Essa concentração que há em São José não deixa de ter uma vulnerabilidade por si só”, disse Carlos Afonso Pierantoni Gambôa, vice-presidente da Abimde.
Segundo ele, São José, como outros pontos, como hidrelétricas, são “sítios que sítios do Brasil que precisam estar prontos para se defenderem”.
A Aeronáutica informou que a ampliação do sistema de defesa está em análise.
Deputados vão debater o plano
São José dos Campos
A Câmara dos Deputados começou a debater os documentos encaminhados pelo Ministério de Defesa ao Congresso Nacional em julho.
Na semana passada, a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara debateu o Livro Branco, documento que compila os dados referentes às Forças Armadas do país.
Ex-presidente e membro titular da comissão, o deputado Emanuel Fernandes (PSDB) considera importante o Brasil divulgar sua estratégia e política de defesa, e sugeriu, no debate, dada a importância do assunto, a realização de uma sessão especial para tratar de equipamentos militares e tecnologia de defesa.
Emanuel disse a O VALE que a intenção é comparar o aparato de defesa do Brasil com o de outros países. O deputado relatou que vai propor amplo debate sobre a questão.
Já com relação à menção da necessidade de ampliar a d efesa do complexo tecnológico e científico de São José, o parlamentar lembrou que o assunto é tratado há muitos anos e considera importante debater a questão.
“Não vejo nada urgente, mas o complexo precisa mesmo ser protegido”, disse.
ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA
O que é
A Estratégia Nacional de Defesa estabelece formas de alcançar os objetivos preconizados pela Política Nacional de Defesa, por meio de ações estratégicas de médio e de longo prazos
Objetivos
O documento é baseado em três eixos estruturantes: reorganização e reorientação das Forças Armadas; reestruturação da indústria brasileira de material de defesa, com a finalidade de assegurar a autonomia operacional para as três forças; e política de composição dos efetivos das Forças Armadas, para que o Brasil desenvolva as capacidades necessárias para enfrentar desafios do presente e incertezas do futuro
Diretrizes – Força Aérea
- O complexo tecnológico e científico sediado em São José dos Campos continuará a ser o sustentáculo da Força Aérea e de seu futuro. De sua importância central, resultam os seguintes imperativos estratégicos:< br /> – Estreitar os vínculos entre os Institutos de Pesquisa do DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial) e as empresas privadas, resguardando sempre os interesses do Estado quanto à proteção de patentes e à propriedade industrial
- Promover o desenvolvimento, em São José dos Campos ou em outros locais
- Enfrentar o problema da vulnerabilidade estratégica criada pela concentração de iniciativas no complexo tecnológico e empresarial de São José dos Campos. Preparar imediata defesa antiárea do complexo
O Polo em São José
Número de empresas: 49
Empregos gerados: 20 mil
Empresas: Embraer, Avibras, Mectron, Orbisat, Flight Technologies, IACIT, Akaer, entre outras

Projetos estratégicos
- avião militar cargueiro KC-390 da Embraer
- sistemas de inteligência e informação
-Veículos Aéreos Não-Tripulados
- tecnologia espacial (fabri cação de satélites, veículos lançadores de satélites, entre outros)
- material bélico, como o sistema Astros da Avibras, entre outros
- serviços especializados em aeronáutica e espacial
Fonte: Ministério da Defesa, Abimde e trechos do documento disponível no site do Ministério da Defesa
FONTE: OVALE Via BrazilianSpace

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