segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Irã acusa Siemens por ciberataque em usina nuclear - 2 - 18/04/2011

18/04/2011 17:04 -
Autoridades do País apontam que a fabricante alemã ajudou os Estados Unidos e Israel na iniciativa

O chefe do departamento de Defesa Civil do Irã, Gholamreza Jalali, acusou a Siemens de ter colaborado com Estados Unidos e Israel para disseminação do vírus Stuxnet, voltado a atacar o programa atômico iraniano.

A informação, divulgada pelo jornal britânico The Telegraph, usa como base uma entrevista concedida por Jalali, no último domingo (17/4), ao jornal Kayhan.

Ele informa que o Irã deve acusar a Siemens como responsável pelo fato, uma vez que a empresa controla o sistema usado para operar as máquinas da usina – o SCADA (Supervisory Control and Data Acquisition) – que foram atingidas pelo vírus.

“A empresa Siemens deve ser responsabilizada e explicar por que e como forneceu aos inimigos as informações sobre os código do software SCADA e abriu caminho para o ciberataque contra nós”, informou Jalali, citando que investigações apontam que o vírus foi criado por Estados Unidos e Israel.

O Irã deu poucos detalhes sobre o impacto do vírus, informando apenas, em setembro de 2010, que ele afetou o computador russo instalado na usina nuclear de Bushehr. Na época, as autoridades do país minimizaram os efeitos do ataque.

Bushehr, que é a primeira usina nuclear iraniana, ainda não está operando e já descumpriu diversos prazos para início das atividades, o que gerou especulações sobre potenciais impactos que o Stuxnet possa ter tido.

Em janeiro de 2011, o embaixador da Rússia disse à Otan que o vírus que atingiu o sistema de computadores de Bushehr poderia ter criado uma catástrofe nuclear com a mesma dimensão do acidente de Chernobyl, ocorrido em 1986.

Alguns analistas de segurança apontam que o alvo principal do ciberataque foi a operação de enriquecimento de urânio. Segundo o ISIS (Institute for Science and International Security), dos Estados Unidos, entre o final de 2009 e início de 2010, cerca de 1 mil centrífugas – das 9 mil usadas para refinar o urâneo – foram afetadas pelo vírus.

OIlhar Digital

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