segunda-feira, 26 de novembro de 2012

EMBRAER estuda fabricar navios e monitorar fronteiras 27/11/2012

InfoRel
Brasília - A EMBRAER, reconhecida internacionalmente pela fabricação de jatos comerciais e do Super Tucano, estuda fabricar navios e sistemas de monitoramento das fronteiras brasileiras. Foi o que assegurou o presidente da EMBRAER Defesa e Segurança, Luiz Carlos de Aguiar.
Nesta segunda-feira, 26, o Exército Brasileiro assinou contrato com o consórcio Tepro, formado por Savis Tecnologia e Sistemas S/A e OrbiSat Indústria e Aerolevantamento S/A, empresas controladas justamente pela EMBRAER Defesa e Segurança, para implementação da primeira fase do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON).
De acordo com a empresa, o valor do contrato é de R$ 839 milhões.
A EMBRAER informou ainda que esta fase inicial do SISFRON contemplará o monitoramento de aproximadamente 650 quilômetros de fronteira terrestre na faixa que acompanha a divisa do Mato Grosso do Sul com o Paraguai e com a Bolívia, área que está sob a responsabilidade do Comando Militar do Oeste.
Nesta região, serão instalados subsistemas do SISFRON que estarão ligados à 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, em Dourados (MS), ao quartel-general do Comando Militar do Oeste, em Campo Grande (MS), e ao Comando Central do Exército, em Brasília (DF).
No total, o SISFRON compreende a vigilância e proteção das fronteiras terrestres do País em uma faixa de 16.886 quilômetros que separa o Brasil de 11 países e se estende por dez estados e 27% do território nacional.
Segundo Marcus Tollendal, presidente da Savis, "a nossa visão é entregar o SISFRON ao Exército Brasileiro para, posteriormente, exportar este modelo gerando empregos de alto valor agregado no País".
Ele explicou que a Savis, empresa da EMBRAER Defesa e Segurança, foi criada para atuar na gestão integrada de projetos de monitoramento e controle de fronteiras, estruturas estratégicas e recursos naturais, de acordo com as diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa (END).
A empresa pretende fazer frente às necessidades brasileiras no setor de defesa e segurança estimulando o desenvolvimento tecnológico nacional, inclusive para posterior exportação, fortalecendo assim a indústria nacional e a balança comercial brasileira.
Já a OrbiSat Indústria e Aerolevantamento S/A é uma empresa brasileira de base tecnológica, especializada em sensoriamento remoto e radares de vigilância aérea e terrestre, com centros tecnológicos e comerciais em Campinas (SP) e São José dos Campos (SP).
Projetos
Luiz Carlos Aguiar não esconde o desejo da EMBRAER em fabricar navios de guerra. E este objetivo é motivado justamente pelo fortalecimento do setor Defesa no Brasil com a retomada de vários projetos militares e a recuperação de empresas que estavam à beira da falência.
Apenas no ano passado, o governo brasileiro investiu R$ 74 bilhões na área de defesa, 23% mais que o total investido em 2010. Além disso, para a EMBRAER, fazer um navio não é tão diferente quanto fazer um avião.
No entanto, para tirar o projeto de papel, a EMBRAER precisa encontrar um parceiro que fique responsável pelo casco. Para tanto, a empresa negocia com estaleiros nacionais e estrangeiros.
A EMBRAER está de olho no Programa de Reaparelhamento da Marinha, que já anunciou o interesse em adquirir 27 navios-patrulha de 500 toneladas por R$ 65 milhões cada.
Atualmente, a EMBRAER desenvolve um satélite e o cargueiro KC-390, com potencial de substituição de aeronaves antigas, de US$ 50 bilhões.

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