terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Ex-general que capturou Che será julgado por complô contra Morales 19/02/2013

do G1

Gary Prado Salmón se apresentou em uma cadeira de rodas. O processo foi reiniciado na cidade de Santa Cruz.


O ex-general boliviano Gary Prado Salmón, que em 1967 capturou o guerrilheiro Ernesto Che Guevara, aceitou nesta segunda-feira (18) submeter-se ao julgamento que envolve dezenas de pessoas por um suposto complô destinado a assassinar o presidente Evo Morales em 2009.
Prado Salmón, que está paraplégico, se apresentou nesta segunda, em uma cadeira de rodas, no reinício do processo na cidade de Santa Cruz, mas rejeitou todas as denúncias contra si, informou seu filho, o advogado Gary Prado Arauz.
A apresentação do ex-general foi a novidade do dia nesse mega-julgamento, no qual são acusadas 39 pessoas.
O julgamento já teve várias audiências nas cidades de Cochabamba, La Paz, Tarija e em uma localidade na fronteira com a Argentina, situadas em altitudes que impediam Prado Salmón de apresentar-se, explicou o seu filho. Como o processo agora acontece na cidade onde ele vive, o ex-general mudou sua postura.
Prado Salmón foi acusado de colaborar com o húngaro-croata-boliviano Eduardo Rózsa, suposto líder de um grupo que tentou assassinar Morales em 2009, e apoiar um movimento separatista no departamento de Santa Cruz.
O ex-general assinalou em sua defesa que teve contato com Rosza só porque ele se apresentou como jornalista e o entrevistou sobre a captura de Che Guevara, realizada em 1967.
Rosza e seus supostos cúmplices, o romeno Magyarosi Arpak e o irlandês Dwayer Michael Martin, morreram em uma operação policial ocorrida em 16 de abril de 2009 na cidade de Santa Cruz.

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