quarta-feira, 24 de julho de 2013

Bolívia aceita desculpas de França, Espanha, Itália e Portugal por incidente aéreo 24/07/2013

NavalBrasil

 
LA PAZ –  O presidente boliviano, Evo Morales, aceitou nesta quarta-feira os pedidos de desculpa de França, Espanha, Itália e Portugal por terem proibido o avião que o transportava de sobrevoar o seu território por suspeita de que levaria a bordo o fugitivo norte-americano Edward Snowden.
A decisão de Morales coloca um ponto final na crise diplomática entre a América Latina e a União Europeia que surgiu no início deste mês devido ao incidente, que levou vários países da região a chamar seus embaixadores em Paris, Madri, Roma e Lisboa.
Morales disse que os diplomatas retornarão a seus destinos.
"Embora não plenamente satisfeitos, mas aceitamos as desculpas dos quatro países como um primeiro passo, porque queremos dar continuidade às relações de respeito entre nossos países, relações de complementaridade e de solidariedade", disse Morales em uma entrevista à imprensa no Palácio de Governo, em La Paz.
O avião que levava Morales de volta à Bolívia depois de uma conferência de energia na Rússia foi obrigado a aterrissar no dia 2 de julho em Viena devido ao fechamento do espaço aéreo. O presidente permaneceu várias horas na capital austríaca até receber autorização para seguir com a viagem a La Paz.
Os quatro países logo apresentaram suas desculpas a Morales.
O tratamento dado ao líder boliviano, um crítico dos Estados Unidos, levou líderes latino-americanos a classificarem o episódio de uma afronta a toda a região e a acusarem a Casa Branca de estar por trás do episódio.
Além da Bolívia, Argentina, Brasil, Uruguai e Venezuela –membros do Mercosul– haviam concordado em retirar seus embaixadores dos quatro países europeus que Morales acusou de ter fechado o espaço aéreo.
Depois do incidente, a Bolívia e seus aliados Venezuela e Nicarágua ofereceram asilo a Snowden, que está no setor de trânsito de um aeroporto de Moscou desde meados de junho.
Snowden, de 30 anos, é fugitivo da Justiça dos Estados Unidos e enfrenta acusações de roubo de registros sobre programas de vigilância secreta na Internet e em redes telefônicas, e de tê-los vazado à imprensa.
Reuters

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