quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Do trensalão da Alston em SP, e os nomes que o Estadão não cita 24/10/2013


Os “bons amigos” da Alstom. E o nome dos bois.
24 de outubro de 2013 | 10:29


Do Estadão de hoje:

“Novos documentos enviados pela Procuradoria da Suíça ao Brasil há 20 dias reforçam, segundo investigadores do caso Alstom, suspeitas de corrupção e pagamento de propina em contratos da multinacional francesa no setor de transportes públicos em São Paulo. Em e-mail de 18 de novembro de 2004, o então presidente da Alstom no Brasil, engenheiro José Luiz Alquéres, “recomenda enfaticamente a diretores da empresa que utilizem os serviços do consultor Arthur Gomes Teixeira, apontado pelo Ministério Público como lobista e pagador de propinas a servidores de estatais do setor metro-ferroviário do governo paulista, entre 1998 e 2003.

Alquéres, que não está mais no comando da Alstom, destaca o “bom relacionamento” com governantes paulistas. Teixeira, segundo as investigações em curso, era o elo da multinacional com estatais do setor de transporte público de massa.

“Temos um longo histórico de cooperação com as autoridades do Estado de São Paulo, onde fica localizada nossa planta”, escreveu. “O novo prefeito recém-eleito participa das negociações que vão nos permitir a reabertura da Mafersa como Alstom Lapa. O atual governador também participa.”

Em novembro de 2004, o “novo prefeito recém-eleito” é José Serra. E o “atual governador” é Geraldo Alckmin.

De toda a forma, mesmo sem citar-lhes o nome na chamada, o Estadão vai ouvir os não-ditos-cujos, para dizerem, claro, que eram apenas “conhecidos”. Alckmin tem a cara-de-pau, inclusive, de enviar ao Estadão uma foto onde aparece numa solenidade com Alquéres e Lula, com a óbvia insinuação de que “sou, mas quem não é?”

Alquéres sempre foi de ter “bons amigos” tucanos, como você pode ver aqui.

Tanto que acabou sobrando para ele uma briga feia no tucanato.

Quando Aécio comprou parte da Light para a Cemig, colocou-o na presidência da empresa – aliás, uma fase péssima, onde os paagões se sucediam nos bairros do Rio de Janeiro. Em 2009, jã na briga com Serra, mandou-o embora, dizendo que ia acabar com “as indicações políticas” na companhia.

Alquéres saiu, mas continuou tendo a “boa amizade” da parte paulista do tucanato.

Que, como se sabe, gosta de um “trem bão”.Por: Fernando Brito

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