quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Brasil obtém 1ª licença de exploração mineral no alto-mar do Hemisfério Sul 12/11/2015




Por Fernando Brito




Sem nenhuma nota nos jornais, o Brasil tornou-se o primeiro país do Hemisfério Sul a ter autorização internacional para explorar minérios no leito marinho em águas internacionais. A Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISBA), assinou, na segunda-feira, contrato concedendo licença ao nosso país para a exploração de cobalto, níquel, platina, manganês, tálio e telúrio no Atlântico Sul. Até agora, só Rússia, Noruega, França, China, Alemanha, Japão e Coreia possuem este tipo de autorização.

Segundo Rnota publicada no site da Marinha “poderá estudar e explorar economicamente, durante 15 anos, os recursos minerais existentes em uma área de 3 mil km² – repartida por 150 blocos de 20 km² cada –, numa região conhecida como Alto do Rio Grande, que é uma elevação submarina, localizada em águas internacionais. Seu topo se encontra a 800 m de profundidade”.

Há um texto mais detalhado, para quem se interessar sobre o assunto, feito por Roberto Lopes, do site Plano Brasil, onde ele nos conta que “desde 2009 foram realizadas diversas expedições ao Alto do Rio Grande para coleta de dados relativos a batimetria, gravimetria, magnetometria, filmagem do assoalho oceânico e sísmico. As viagens permitiram que fossem coletadas ainda 18 toneladas de amostras geológicas numa área de 132.000 quilômetros quadrados”

“Os primeiros cinco anos do contrato serão dedicados ao desenvolvimento de estudos que detalharão o estado ambiental do Alto Rio Grande, e prepararão o monitoramento do meio ambiente na região.

Estão previstas duas expedições de levantamento de dados referentes às condições geológicas e oceanográficas. Essas incursões irão coletar dados geofísicos oceanográficos, amostragem de água, da mineralogia, petrografia, além de realizar estudos geoquímicos.

As informações serão inseridas em banco de dados geoespaciais e servirão para o monitoramento do que acontece no ambiente subaquático e a definição das principais áreas de interesse para exploração mineral.

A segunda fase dos trabalhos ficará reservada à avaliação das características mineralógicas, estruturais e geomorfológicas da região do leito submarino alvo dos estudos.

Somente a terceira etapa do plano de trabalho fará a seleção de áreas para a investigação da viabilidade econômica, ambiental e técnica dos depósitos minerais identificados.”

Segundo ele, espera-se encontrar nessa região veios de cobalto, níquel, platina, manganês, tálio (usado em leituras com infravermelho e em radiologia médica) e telúrio (que é usado em metalurgia, em coberturas de mídia de CDs e DVDs e em semicondutores).

http://tijolaco.com.br/blog/brasil-obtem-1a-licenca-de-exploracao-mineral-no-alto-mar-do-hemisferio-sul/

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