segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

A também golpista Cármen Lúcia, fez o que era esperado, homologou as delações e tornou sigilosas. Tudo nos conformes 30/01/2017


Cármen Lúcia tomou "atitude política" que prejudicou o País, diz Kennedy Alencar




Jornal GGN - Ao homologar sozinha o pacote de delações da Odebrecht, sem aguardar a definição de um relator, a ministra Cármen Lúcia fez um gesto político, para agradar as massas, mas "pela metade". Isso porque não tirou o sigilo das delações, o que dá total poder à força-tarefa para decidir o que vira processo, o que é vazado e o que vai para a gaveta sem que a sociedade tenha conhecimento.

O jornalista ainda questiona por que a presidente do Supremo não aguardou a escolha de um relator para a Lava Jato se tinha a intenção de manter o sigilo do conteúdo das delações.

Por Kennedy Alencar



Homologar delações sem torná-las públicas prejudica o país

Ao decidir homologar as delações da Odebrecht mantendo o sigilo dos documentos, a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármen Lúcia, tomou uma decisão que prejudica o país. Deixa na sombra fatos que o Brasil merece conhecer porque muita coisa já foi vazada nos últimos meses.

Esses vazamentos causaram incertezas políticas e econômicas e deram margem a manipulações para direcionamento das investigações. Uma das delações veio à tona na íntegra, vazada e distribuída por meio das redes sociais, a de Cláudio Melo Filho.

Cármen Lúcia obedeceu aos sinais que emitiu publicamente. Não faria sentido ir ao gabinete no sábado estudar um caso que não estava diretamente sob os seus cuidados. Agiu assim para homologar, recorrendo a brechas no regimento do Supremo. Não era o caminho preferido de colegas dela no STF, mas o regimento da corte é suficiente amplo para dar esse poder à presidente.

O novo relator da Lava Jato deverá ser escolhido nesta semana. Logo, do ponto de vista prático, as homologações poderiam ter esperado a escolha do substituto de Teori Zavascki, ainda mais com a manutenção do sigilo. É prudente que esse novo relator seja escolhido ainda neste semana.

A homologação feita pela presidente do STF é uma atitude política de Cármen Lúcia para atender a um desejo da opinião pública. Porém, é uma decisão que vem pela metade. Falta dar publicidade e transparência ao que foi revelado pelos 77 delatores da empreiteira. O segredo tende a elevar especulações.

Delação por si não é prova. São necessárias a denúncia e o processo. Todos os acusados têm direito de defesa. Mas é preciso que o país saiba o que foi descrito pela Odebrecht. Certamente, essa revelações resultarão numa enorme turbulência política e econômica. Melhor que aconteça logo a deixar o país à espera de uma tempestade que só ameaça e não cai nunca.
http://jornalggn.com.br/noticia/carmen-lucia-tomou-atitude-politica-que-prejudicou-o-pais-diz-kennedy-alencar

Nenhum comentário:

Postar um comentário